
Vozes
Você é o tipo de pessoa que abaixa o volume das vozes externas e se escuta?
Quanto cada um tem de força interior e de capacidade de movimentar a própria vida?
Por que será que é tão mais fácil ouvir e acreditar na voz interna (e às vezes na externa também) que desencoraja, que diminui, que critica, que desvaloriza?
E não é apenas sobre ouvir, mas, como diz meu filho, também é sobre deixá-la começar disfarçada de autopreservação (protegendo dos medos e inseguranças, por exemplo), e depois se transformar em autodepreciação, ocupando tanto espaço que abafa toda luz interior e sufoca…
A voz positiva, que encoraja, que fortalece, que permite realizar sonhos como Paris, não é tão evidente e só vai aparece ao sumir a neblina da negatividade.
E se pudéssemos apenas fechar os olhos e enxergar, mesmo sem ver, um vento soprar e dissipar essa neblina, a poluição e o ar pesado, difícil de respirar? E se pudéssemos ver o sol brilhar, o ar puro e leve entrando profundo e limpando o corpo, os órgãos e a mente?
Então, em equilíbrio, dar espaço ou dar ouvidos à voz forte, alta, firme, certa, corajosa, favorável, positiva, amiga, generosa… que todo mundo tem guardado lá no fundo, dando espaço para a esperança, a construção de coisas boas e a realização de sonhos, porque você se permitiu e parou de achar que não era merecedor..
Não é fácil trocar de voz interior.
Não existe um botão de liga/desliga para escolhermos.
Mas não é impossível conseguir.
Um passo por vez, um dia por vez, uma boa respiração por vez, uma frase por vez, um bom pensamento por vez, uma decisão por vez.
Não há um único caminho certo, mas não desistir é, com certeza, a regra mais importante. Nem sempre a caminhada será só para frente e está tudo bem, porque sempre tem o amanhã para conseguir ir em frente outra vez.
Experimente respirar, fundo; honrar todos os antepassados; ser fiel à sua essência, cumprir as suas próprias expectativas, se autoconhecer, se autorrespeitar, se aceitar completamente como você é; parar de querer agradar os outros e de se importar com o que pensam de você; parar de ser o responsável por resolver problemas que não são seus; se libertar de crenças limitantes, mágoas e da necessidade de cobrar alguém para que você sinta orgulho. Quebre essas e outras barreiras que te amarram!
Todo dia é dia de decidir se ouvir, decidir se agradar, decidir se respeitar e decidir aumentar o volume da melhor voz para calar qualquer outro som abusador. Todo dia é dia de acordar, olhar no espelho com um sorriso nos olhos e se perguntar: – O que eu posso fazer por você hoje, para agradar você, que é a pessoa mais importante da minha vida?
Somos responsáveis pelos resultados que queremos em nós, com toda a abundância que desejamos e merecemos.
Não é incomum colocarmos a responsabilidade de nos fazer sorrir, de nos completar, nas ações das outras pessoas, assim como é comum nos sentirmos responsáveis pela alegria daqueles que amamos, criando cobranças e expectativas que podem trazer ressentimentos para os relacionamentos.
Porém, é preciso que exista troca e colaboração com equilíbrio nos grupos que pertencemos, com honestidade e respeito mútuos, mas sem heróis, salvadores ou abusadores e interesseiros.
A vida fica mais leve e saudável quando deixamos a nossa melhor voz nos guiar, e os relacionamentos mais honestos.
O que você tem feito todo dia para deixar a sua melhor voz falar com você?