Amar – ação

O poeta Vinícius de Moraes poetizou:
“… Assim como uma nuvem só acontece se chover,
Assim como o poeta só é grande se sofrer…”

Será que, de fato, os artistas, quando encontram a dor, a transformam em arte, como ostras reagindo e fazendo pérolas? E então crescem como poetas? Ou será que essa ideia em si é pura poesia apenas?

Quando escrevi minha primeira poesia depois de adulta, eu estava num lugar dolorido e desconfortável. O teclado, os sons, as ideias e as palavras foram minha terapia. E também minha ignição para aceitar e liberar minha alma artística.

Me lembro que, após ler meu texto, meu irmão disse que era nos períodos mais doloridos dos artistas que nasciam as grandes obras. E para mim minha obra foi grande, porque ela foi a primeira de um novo ciclo e porque nunca ficou desatualizada.

Eu acredito que na dor criamos coisas profundas, que alcançam quem se identifica. Mas eu também acredito que as alegrias são fontes puras de inspiração de coisas belas e que espalham boas vibrações num mundo carente de amor.

Sim, eu falo de dor, eu falo de morte, eu falo da mulher oprimida, eu falo de autismo e minorias, eu falo de dança, música, cinema, aquarela… eu tenho muitos assuntos e muitos sentimentos para me inspirarem.
Mas minha temática favorita é o amor. Não apenas o amor romântico, mas o amor como elemento quase mágico, que é oxigênio, que nos torna seres melhores, que torna o mundo um lugar melhor!

Vinicius complementou na mesma obra:
“… Assim como viver
Sem ter amor, não é viver…”

AMOR é tudo o que eu quero respirar, expirar, exalar, absorver, transpirar, transcender, doar…
E é exatamente, e tão fortemente, o que o mundo atual mais precisa!

Estamos carentes de amor!

Vamos amar mais?